domingo, 26 de julho de 2015

Poltrona

Rasgo-me a alma com os pensamentos.
Escuto os meus passos vagos,
Corredor estrala,
Paredes gemem!
Alguém sussurra aos ouvidos,
Putas, putos gananciosos!
Vertem luxúria nas noites gélidas,
Transpassam o amor, tornam-se belicosos.
O meu peito ecoa distante,
pensamentos turvos atacam a alma,
tocam as veias.
O vento esbofeteia a cortina.
Fim do túnel com poltrona.
Gasta e velha, alívio de mentes!
Suas duas últimas amigas,
Lamentam os pensamentos.
Curvam-se as dobradiças.
Poltrona não aguenta e geme.
Velho morrendo!!!
Janelas gritam, flor baila!
Mais um que a mente leva,
Mente que mente.
Sábia amiga, leve e suicida.
Corajosa ao vento.
Mente pegajosa.
Bloqueia o sangue,
Enfurece o coitado.
Morte da mente.
Mente da morte?
Morte da mente?
Fim do túnel,
Fim da vida.
A viva poltrona
Anseia por mente!
Pensamentos mentem,
O chão se toca,
O corpo bailara loucamente,
Perdido, alma rasgada!
Na queda se foi,
Mais uma mente,
Ideias da mente, maldita poltrona!
Confortou-lhe a mente!
Jean Wendrell
15/07/2015

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