Último copo trouxe o
garçom.
Fino e gentil, deu-me
um sorriso.
Entregou-me com medo,
bateu em retirada.
As mariposas pairavam
para a morte,
Tudo quase tão escuro,
ofuscava meus olhos,
Me deu arrepio.
Ao longe os seus olhos
me fitavam,
Fiquei com dó.
Mãos entrelaçadas,
Bochechas rosadas,
Menino meigo.
O bar foi se
esvaziando,
As pessoas alegres
saíram,
Clima pesado ficou!
Uma lampada sobre mim
queimou!
Um mosquito lazarento,
acabou com o momento.
O garçom de longe me
fitou,
O mosquitou chamou-lhe
a atenção,
Benditos movimentos
brusco, mas a matei!
Lazarento!!! Bendito!!!
Bradei em meu interior.
Menino tímido, olhos
ao fundo, rosto corado.
Uma ordem dada, dois
copos nas mãos.
Que dó, as mãos
trêmulas ao meu encontro veio.
Deu-me um malicioso
sorriso,
Presenteou-me com um
papel.
Escrito estava: Não
sou do mundo,
Sou artista da vida,
Do amor, da angústia,
Toquei teu rosto,
barba, pescoço e,
E nem imaginou!
Toquei teu coração,
me amou primeiro.
Levantei-me e o beijei.
Jean Wendrell
31/03/2015
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