sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

As canjicas estão limpas?



Era uma vez o sorriso que se apagou! Como pode deixar isso acontecer? Diga-me!
As noites foram varridas pelo vento de primavera, os galhos e as folhas verdes que caíram foram estraçalhas pela chuva forte de inicio de verão, a tempestade que arrasou um grande arbusto que dançava, porém não resistiu. Diga agora ou se cale? Digo agora. As estrelas que se movia nas noites frescas faziam flutuar sobre o poder do brilho as nuvens que iam em direção qualquer. Por que você olhou para elas? Não sei, mas eu também olhei, agora é momento de se calar? Prefiro continuar à dizer.
As pequenas cotículas da fina chuva que percorriam os telhados que se sucedeu depois de uma sexta feira abafada. Lembra? Nem o doce da bala pode superar o momento de se deliciar na inexperiência, pobre momento que se ocorreu. Parabéns você conseguiu. Conseguiu o quê? Fazer a chuva parar? De impedir que os galhos caíssem? Ou não? Creio que o tempo foi mais forte que a minha imaginação de ter criado a chuva e os galhos, porém a minha imaginação foi fraca de mais para poder criar uma sexta feira que foi consequência de uma longa noite estrelada. Diga agora, foi sua criação aquela noite? Por favor diga que não. Eu te atrapalhei? Pode me culpar, mas foi inesquecível, concorda?
Vamos deixar de lado as coisas do passado, mas pode pegar em qualquer canto algo que faça você esquecer dos momentos de chuvas, ventos, sol e estrelas. Não sei explicar, mas as estrelas me fascinam ainda mais deitado com a janela aberta e de persianas levantadas. As canjicas estão limpas para me mostrar? Acho que ainda não, mas tente.
Era uma vez o sorriso que se apagou, criação minha cujo o qual não deixa mentir, as balas estavam maravilhosas. Deixemos de lado as tristes balas que morreram para satisfazer o que se sucedeu da noite estrelada, elas foram o sacrifício do prazer e sabor que terminou em um beijo. Diga-me! As noites foram varridas pelo vento de primavera? Ainda queima por dentro o dia em que a criação da chuva fez os laços se tornarem mais forte fluindo em um tremendo aceno de despedida, aquela mão que se levantava e sinalizava uma saudação que a minha mente não criou. Sorte a minha que não cheguei tão longe de ser um autor que narrasse uma história criadas pela própria mão que pode apagar, diga-me, sou perfeito? As folhas verdes que caíram deixaram ao arbusto uma esperança de continuar firme e que na próxima vez a tempestade não a atingisse e a ferisse, mas será que ela conseguirá? Ajude-me a escrever as novas aventuras deste arbusto! Não sou poeta, mas quando os mundos se encontraram o poete surgiu na poeira do universo e criou a primavera que fez uma sexta-feira chover e cometeu o pior crime, matou as balas de iogurte. Pecado? Amor? Justo?
Criei uma linda história com as duas mãos, mas o passado quem apagará? Podemos colocar fogo em tudo ou até mesmo enterrar, entretanto não garanto o esquecimento das minhas memórias. Para quem dizia que a distância é uma vírgula, acabou se equivocando e corrige, a vírgula é apenas um galho e folhas verdes que caíram depois de uma tempestade que a fez dançar com as próprias forças. Lindas balas que nem a embalagem foi salva. Cometemos um crime.
Agora, depois de ter manchado as nossas mão de uma tinta invisível que só nós e as cartas já comidas pelo tempo pode dizer que a sexta feira com as finas cotículas de chuva e o doce que nos traz boas memórias pode dizer: Aquilo não se escreve, se vive.
Mostra-me as canjicas para dar vida às balas de iogurte.



Jean Wendrell G. Santos

24/01/14

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