segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

August e os olhares

          A música ecoavam em seus ouvidos, gravados de pequenos anos já ouvidos que, em poucos anos de vida e de muitas histórias vividas e transvivida de cada olhar, passava diante de quem a música se ouvia. Enquanto se agravava mais a quantidade do tempo que se percorria, August olhava em volta, sente o aroma da vida, as corres reluziam vida em todos os lados, os passos ligeiros faziam aquarelas diante de todos. Tudo que acontecia em sua volta, sentia-se o ser mais único e especial. Nada podia conter aqueles momentos de olhar as vidas com suas vidas, pois nada pode ser comparado com a vida de cada ser.
          A música que lhe inundava os ouvidos e sentido no próprio íntimo. Traz lembranças e sensações, retomam a vida com pensamentos ricos de emoções, sensações, atos, fatos, conversas com parentes, amigos, conversa de vizinho, em igrejas, casas, parques, ou seja, no universo. Sendo que tudo é vivo para August e pelo August. Tudo se passa nos próprios olhos, o que enche e aumentam as alegrias e sensações.
          Mas ao mesmo tempo, os olhos de que olhava, se passava uma longa história de quem imagina. As lembranças podiam ocorrer ou não, marcado pela música, ambiente, situações. Mas entre todas elas eram as circunstâncias, o que se torna uma vida outra vida, tudo e todos tem um pouquinho de cada essência. Acabou a música, o ouvido já se saciou, as lembranças se passaram em um piscar de olhos, o tempo incontável, considerava August como a velocidade das pálpebras, tudo se foi sentido, refletindo e transvidido nas essências de cada ser.


Jean Wendrell
06/12/2015

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